Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV): Entenda as Causas e Tratamentos da Condição Cardíaca

Cardiopatias Congênitas – Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV)

O Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV) é uma alteração cardíaca congênita relativamente frequente, com uma incidência de aproximadamente 50 a cada 100.000 nascidos vivos, sendo muito associada à Síndrome de Down (40 a 50%).

Faz parte das cardiopatias congênitas acianóticas com hiperfluxo pulmonar, o que significa que não causa cianose (pele azulada), mas aumenta o fluxo sanguíneo nos pulmões. Essa condição ocorre devido à ausência ou deficiência das estruturas que formam o septo atrioventricular, a parede que separa as câmaras superiores (átrios) das inferiores (ventrículos) do coração.

O coração normal é dividido em quatro câmaras, sendo duas do lado direito (átrio e ventrículo direitos) e duas do lado esquerdo (átrio e ventrículo esquerdos). O lado direito é responsável pelo bombeamento do sangue venoso (não oxigenado) que retorna do corpo para os pulmões, através da artéria pulmonar. Já o lado esquerdo recebe o sangue que retorna do pulmão (já oxigenado) e é responsável por seu bombeamento ao restante do corpo, através da artéria aorta. Cada ventrículo possui uma valva: valva tricúspide com o ventrículo direito e valva mitral com o ventrículo esquerdo. O habitual é que não exista comunicação entre os dois lados do coração, não permitindo mistura de sangue entre eles.

Em um coração normal, as válvulas atrioventriculares direita (tricúspide) e esquerda (mitral) estão em planos diferentes. No DSAV, essas válvulas estão no mesmo plano, formando um único anel.

O DSAV pode ser classificado em duas formas principais:

DSAV Total (DSAVT) – Inclui uma Comunicação Interatrial (CIA) e uma Comunicação Interventricular (CIV), permitindo a passagem de sangue entre os átrios e entre os ventrículos.

DSAV Parcial – Apresenta apenas a CIA, sem a presença de CIV.

O único tratamento eficaz para o DSAV é a cirurgia, que geralmente é realizada entre 6 a 12 meses de idade em casos mais graves. Em casos mais leves, a cirurgia pode ser feita entre 3 e 4 anos de idade. A intervenção precoce é fundamental para evitar complicações pulmonares graves.

Texto: Coração & Perfusão / Parceria: Dr. Juliano Penha – Cirurgião Cardiovascular Pediátrico – CRM-SP 127.414 | RQE 51.118

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Cuidados com o Coração: Principais Cardiopatias que Podem Afetar os Pets

As doenças cardíacas são uma preocupação crescente para os tutores de cães e gatos, já que diversas cardiopatias podem afetar a saúde dos pets, comprometendo o funcionamento do coração.

Embora cães e seres humanos sejam grandes amigos, eles apresentam diferenças marcantes em diversos aspectos, especialmente no que diz respeito à saúde. As doenças cardíacas são uma preocupação crescente tanto para cães quanto para gatos, já que várias cardiopatias podem afetar a saúde dos pets, comprometendo o funcionamento do coração.

O coração é o órgão responsável por bombear sangue para todo o corpo, garantindo que o oxigênio chegue às células e que substâncias tóxicas, como o gás carbônico, sejam eliminadas. Quando ocorrem doenças cardíacas, esse equilíbrio é comprometido, danificando o músculo cardíaco e as válvulas, impactando o funcionamento do coração.

As doenças cardiovasculares são cada vez mais comuns em animais de estimação. Entre as principais estão:

  • a doença mixomatosa valvar, que causa degeneração das válvulas cardíacas;
  • a cardiomiopatia dilatada, que aumenta as câmaras do coração e reduz sua capacidade de contração;
  • a cardiomiopatia hipertrófica, que resulta no aumento do músculo ventricular, dificultando o relaxamento e diminuindo o espaço para o acúmulo de sangue.

 

Tipos de Cardiopatias Comuns em Cães e Gatos

As principais cardiopatias que afetam cães e gatos podem variar dependendo da espécie e do porte. Nos cães de pequeno porte, a degeneração da válvula mitral é a mais comum, resultando em insuficiência cardíaca pelo refluxo de sangue na válvula. Nos cães de grande porte, destaca-se a cardiomiopatia dilatada, que causa o aumento das câmaras cardíacas e enfraquece as contrações do coração. Já nos gatos, a cardiopatia mais frequente é a cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada pelo espessamento do músculo cardíaco, dificultando o bombeamento eficiente do sangue. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida dos pets.

Alguns pets nascem com malformações cardíacas congênitas, que afetam a estrutura e a função do coração. Entre as mais comuns estão a persistência do ducto arterioso (PDA), uma falha no fechamento de um vaso sanguíneo após o nascimento, e a estenose pulmonar, que estreita a válvula pulmonar, dificultando o fluxo de sangue do coração para os pulmões.

 

O Impacto da Saúde Bucal nas Doenças Cardíacas dos Pets

Problemas dentários como acúmulo de tártaro, gengivite e periodontite podem levar à liberação de bactérias na corrente sanguínea, afetando o coração. Uma das complicações mais graves é a endocardite, uma infecção das válvulas cardíacas causada por essas bactérias, que pode comprometer seriamente o funcionamento do coração. Além disso, a má higiene bucal pode agravar cardiopatias preexistentes ou até desencadear disfunções valvares. A prevenção, por meio da escovação regular dos dentes e consultas veterinárias, é fundamental para proteger tanto a saúde bucal quanto o sistema cardiovascular dos pets.

 

Sinais de Alerta

Os principais sinais de alerta para cardiopatias em pets incluem tosse, dificuldade para respirar, perda de apetite, emagrecimento, cansaço, língua arroxeada, distensão abdominal e desmaios. O diagnóstico precoce ajuda a controlar a progressão da doença. Uma alimentação balanceada, junto com o tratamento adequado, pode contribuir significativamente para melhorar a qualidade de vida e a recuperação do animal.

 

Causas mais Comuns da Cardiopatia Canina

As causas mais comuns da cardiopatia canina incluem fatores genéticos, idade avançada, obesidade, sedentarismo e alimentação saudável. Raças específicas têm maior predisposição genética para doenças cardíacas, enquanto o envelhecimento natural do coração, associado ao excesso de peso e à falta de exercícios, sobrecarrega o órgão. Uma dieta desregulada também aumenta o risco de problemas cardíacos. Muitas vezes, esses fatores estão interligados, contribuindo conjuntamente para o desenvolvimento da cardiopatia.

     

    Avanços no Tratamento de Cardiopatias em Pets

    A medicina veterinária tem evoluído consideravelmente, permitindo diagnósticos precisos e tratamentos definitivos para muitas dessas condições. Atualmente, contamos com cardiologistas especializados, que utilizam tecnologia avançada de ecocardiografia, e cirurgiões capacitados para realizar correções por meio de cirurgias abertas e procedimentos mais complexos.

    Essas condições, quando diagnosticadas precocemente, podem ser tratadas com sucesso por meio de cirurgias ou procedimentos de cateterismo, proporcionando aos animais uma melhora significativa na qualidade de vida e aumento da sobrevida.

    A colaboração com profissionais da medicina humana também tem contribuído muito para o avanço dos procedimentos complexos, garantindo maior sobrevida e melhor qualidade de vida para nossos pacientes da quatro patas.

     

    Texto: Coração & Perfusão – Parceria: Dr. Igor Pelicano Ribeiro – Médico Veterinário / Cirurgia Torácica e Vascular

     

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    Sistema de Autotransfusão XTRA®

    Autotransfusão Intraoperatória – CELL SAVER

    Autotransfusão Intraoperatória: Uma Alternativa para Reduzir o Uso de Hemocomponentes em Cirurgias

    As cirurgias cardíacas frequentemente envolvem uma perda significativa de sangue, levando à necessidade de transfusões sanguíneas em muitos casos. Contudo, esta prática enfrenta desafios, como a escassez de hemoderivados devido à alta demanda em diversas áreas da medicina e ao número reduzido de doadores. Além disso, as transfusões podem acarretar complicações pós-operatórias e nem sempre são aceitas pelos pacientes, seja por questões de saúde, religiosas ou pessoais.

    Desta forma, a Autotransfusão Intraoperatória pode ser uma alternativa da equipe cirúrgica evitando assim o uso de hemocomponentes.

    A utilização de uma técnica denominada Cell Saver durante a cirurgia cardíaca, permite que o sangue perdido no campo cirúrgico seja aspirado, lavado e reinfundido no paciente, podendo recuperar em até 90% das hemácias perdidas durante a cirurgia. Uma técnica segura e eficaz; que reduz aproximadamente 50% a utilização de hemoderivados, diminuindo as complicações pós-operatórias e reduzindo o tempo de internação e de infecções associadas. Em geral o uso do Cell Saver proporciona uma boa relação custo/benefício em cirurgias com perda mínima de sangue e que não possua contra-indicações para uso dessa técnica.

    Como funciona?

    O sangue do campo é aspirado pela máquina, armazenado, filtrado e centrifugado para concentrar as hemácias e separá-las dos demais componentes. As hemácias são lavadas com uma solução salina removendo os produtos endógenos e os produtos introduzidos no campo cirúrgico. Com isso são removidos restos de fibrina circulante, medicamentos dissolvidos no sangue, microagregados, hemoglobina livre, fatores pró-coagulantes e heparina (usada no processo de aspiração do sangue do campo cirúrgico). Assim, as hemácias lavadas são suspensas em solução salina e são encaminhadas para uma bolsa de reinfusão, prontas para serem transfundidas no paciente.

     

    INDICAÇÕES x CONTRA-INDICAÇÕES

    Indicações:

    • Pacientes com perda estimada acima de 1 L ou 20% do volume de sangue
    • Pacientes que apresentam anemia ou fatores de risco aumentados para sangramento
    • Pacientes com grupo sanguíneo raro ou sensibilizados por politransfusões anteriores
    • Pacientes Testemunhas de Jeová
    • Indicações cirúrgicas, como cirurgias cardíacas e vasculares: revascularizações do miocárdio, trocas de valva, cirurgias com ou sem uso de CEC, aneurismas tóraco-abdominais
    • Em casos de reoperações
    • Cirurgias Ortopédicas: cirurgias extensas de coluna espinal (escoliose e artrodese); próteses de fêmur e quadril, revisões, próteses de joelho e ombro (bilaterais)
    • Cirurgias Urológicas: prostatectomias radicais retropúbicas, cistectomias (retirada da bexiga), nefrectomias (retirada dos rins)
    • Neurocirurgia: aneurismas basilares
    • Transplantes de fígado, rins, coração

    O **Cell Saver** também é uma ferramenta avançada em cirurgias ginecológicas, especialmente em procedimentos que podem resultar em perda significativa de sangue, como histerectomias, miomectomias e cirurgias oncológicas.

    Contra-indicações relativas:

    • Cirurgias contaminadas
    • Cirurgias oncológicas (perigo de disseminação de células malignas)

     

    VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA AUTOTRANSFUSÃO INTRAOPERATÓRIA

    • Redução de aproximadamente 50% a utilização de sangue homólogo
    • Diminuição das complicações pós-operatórias, associada a uma redução do número de dias de internamento e de infecções associadas
    • Boa relação custo/benefício, em particular a partir da segunda unidade de sangue recuperado especialidades cardíaca, ortopédica e vascular
    • Não induz a significativa coagulopatia clínica
    • Elimina risco de transmissão de doenças infectocontagiosas
    • Elimina risco de incompatibilidade ABO
    • Previne reações transfusionais
    • Elimina a TRALI (transfusion-related acute lung injury)
    • Elimina a doença Enxerto X Hospedeiro
    • Imediata disponibilidade de sangue fresco
    • Diminui a demanda por sangue homólogo
    • Opção em caso de grupos sanguíneos raros e anticorpos (pacientes sensibilizados)
    • As hemácias são reinfundidas à temperatura ambiente
    • As hemácias recuperadas têm maior capacidade de transporte de oxigênio do que aquelas contidas nas unidades de concentrados de hemácias, homólogas, estocadas nos bancos de sangue

     

    CUSTO-BENEFÍCIO

    Os procedimentos de recuperação intraoperatória de sangue costumam ter uma boa relação custo-benefício em cirurgias com perda mínima, geralmente equivalente a 2 unidades de concentração de hemácias, e que não apresentam contraindicações para a técnica. Nos transplantes de fígado, a autotransfusão intraoperatória é uma opção econômica para fornecer transfusões imediatas, permitindo a recuperação de litros de sangue que podem ser devolvidos rapidamente ao paciente.

    Doe sangue!! Uma simples atitude pode salvar muitas vidas!

     

    Material fornecido: Dossiê Autotransfusão Intraoperatória – Politec Saúde / Sistema de Autotransfusão XTRA®️

    Coração & Perfusão

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    A Circulação Sanguínea do Paciente Durante uma Cirurgia Cardíaca

    Você já se perguntou como a circulação sanguínea do paciente é preservada durante uma cirurgia cardíaca?

    Quase todas as cirurgias cardiovasculares necessitam do auxílio de uma máquina conhecida como CEC, que significa Circulação Extracorpórea. Seu objetivo é substituir temporariamente as funções do coração e dos pulmões, mantendo o coração inoperante e protegido durante o procedimento. Essa máquina é muito utilizada em cirurgias de peito aberto, para que seja possível ao cirurgião ter uma melhor visualização do campo cirúrgico e trabalhar com mais segurança.

    Além das melhores condições de visualização do coração no momento da cirurgia, informações básicas e atualizadas do paciente, como peso, altura, exames laboratoriais e de imagens, diagnóstico e procedimento proposto são de extrema importância para o sucesso da intervenção., Por meio de dados precisos sobre o paciente, é possível calcular a superfície corpórea, o fluxo adequado, os materiais descartáveis que serão utilizados na CEC, o perfusato mais indicado para o caso, entre outras definições importantes.

    O que é Perfusato?

    O perfusato é o fluido utilizado na circulação extracorpórea (CEC) para garantir que o corpo continue recebendo oxigênio e nutrientes enquanto o sangue circula fora do corpo. Preparado pelo perfusionista antes do início da cirurgia, ele preenche o circuito da máquina de CEC, assegurando que todos os componentes estejam prontos para manter o equilíbrio dos órgãos durante a pausa temporária do coração e dos pulmões. O perfusato é composto por soluções balanceadas que ajudam a estabilizar os eletrólitos, a pressão arterial e o funcionamento adequado dos órgãos ao longo do procedimento.”

    E qual a diferença entre “priming” e “perfusato” na circulação extracorpórea?

    A diferença entre eles, está no uso e contexto dentro da circulação extracorpórea:

    Priming – É o ato de preparar o circuito da máquina de circulação extracorpórea antes do procedimento cirúrgico. Isso envolve a adição de um fluido (geralmente soluções como Ringer lactato ou outros líquidos balanceados) ao circuito para eliminar o ar dos tubos e garantir que o sistema esteja pronto para receber o sangue do paciente. O priming é essencial para preparar o circuito da CEC, garantindo que ele funcione corretamente sem a presença de bolhas de ar, que poderiam ser perigosas ao paciente.

    Perfusato – Refere-se ao fluido que circula no circuito da CEC junto com o sangue do paciente durante a cirurgia. O perfusato pode ser parte do priming inicial e, ao longo da cirurgia, pode ser enriquecido com drogas, eletrólitos e outros componentes necessários para manter o equilíbrio metabólico e fisiológico do paciente.

    Resumindo: priming é o processo de preparo do circuito com fluido, enquanto perfusato é o fluido que circula durante a cirurgia para manter a estabilidade do organismo.

    Quais cirurgias cardíacas necessitam do uso da CEC?

    A circulação extracorpórea é essencial em diversas cirurgias cardíacas, como:

    • Revascularização do miocárdio (“ponte de safena”)
    • Transplante cardíaco ou pulmonar
    • Substituição valvar
    • Cirurgias de aorta
    • Cirurgias pediátricas para correção de cardiopatias congênitas

    Além dessas, a CEC também pode ser utilizada na cirurgia de citorredução com HIPEC, indicada para o tratamento curativo de alguns tipos de tumores que se disseminam pelo peritônio, na cavidade abdominal (câncer peritoneal).

    Qual profissional é responsável pelo controle da máquina de circulação extracorpórea durante o procedimento cirúrgico?

    O Perfusionista é o profissional habilitado para conduzir a máquina de CEC, responsável pela manutenção das funções cardiorrespiratórias, equilíbrio bioquímico, hematológico e hidroeletrolítico do paciente durante o procedimento cirúrgico. Este profissional deve reunir qualidades como agilidade, atenção, compromisso, ética e muita precisão.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    Conheça sua Essência

    O ÚNICO responsável pelo SUCESSO na carreira é VOCÊ mesmo!

    Investir em autoconhecimento é libertador e necessário, pois é uma forma de entender a si mesmo em todos os sentidos. Permite que descubra suas qualidades, suas capacidades, além dos pontos que precisam ser melhorados. Além disso, aprendemos a lidar com diversas situações e a encontrar novas oportunidades para nos desenvolvermos.

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    Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea (CEC)

    Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea ( CEC)

    O circuito de Circulação Extracorpórea (CEC) envolve máquinas, aparelhos e materiais descartáveis, mantendo a vida do paciente durante a cirurgia cardíaca. Vamos explorar alguns componentes essenciais que colaboram para que tudo isso aconteça.

    Cânulas – utilizadas para conectar o paciente ao circuito de CEC, direcionando o sangue para o reservatório venoso. Antes da CEC, o cirurgião insere cânulas venosas (Veia Cava Superior, Veia Cava Inferior ou Átrio Direito) e uma cânula arterial (Aorta). O sangue é desviado para a máquina antes de alcançar o Átrio Direito, retornando ao paciente pela Aorta e perfundindo todo corpo.

    Conjunto de Tubos – composto por tubos, conectores e acessórios. Esses componentes são fundamentais para conectar as estruturas do circuito ao paciente, sendo diretamente acoplados às cânulas. Realizam um papel fundamental no transporte de solução fisiológica, sangue, água e gases durante todo o procedimento.

    Reservatório Venoso – estrutura que acomoda todo o sangue proveniente do campo cirúrgico, que vem pelos aspiradores e pela linha venosa do paciente. Após essa fase, o sangue é impulsionado por uma bomba propulsora (podendo ser uma bomba centrífuga ou de rolete) em direção ao Oxigenador de Membrana. Este componente chamado de “pulmão artificial” é essencial no circuito, pois facilita as trocas gasosas, oxigena o sangue e elimina o dióxido de carbono.

    Filtro Arterial – atua como uma última barreira antes do retorno do sangue ao paciente, reduzindo o risco de embolia.

    Permutador de Calor está integrado ao Oxigenador de Membrana e tem a função aquecer e resfriar o sangue do paciente durante a cirurgia.

    Hemoconcentrador – capaz de eliminar água, eletrólitos e pequenas substâncias do sangue. Funciona como um rim artificial, removendo o excesso de líquidos administrados durante a cirurgia.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    A Importância dos Treinamentos na Equipe Multidisciplinar

    Em um campo tão complexo como a cardiologia, a colaboração entre profissionais de saúde é vital!

    Os treinamentos em equipe multiplicam os conhecimentos e habilidades de perfusionistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e demais especialistas, proporcionando maior segurança para o paciente. A troca de experiências e a coordenação entre membros da equipe, melhoram o diagnóstico e tratamento melhorando assim o padrão de atendimento.

    Eles oferecem oportunidades para aprimorar habilidades técnicas e não técnicas do profissional, atualizar conhecimentos sobre novos materiais e práticas clínicas e promover uma comunicação eficiente entre os membros da equipe.

    Comunicação – O paciente é sempre o foco central de todo o processo, desde o pré-operatório, passando pelo centro cirúrgico, pós-operatório (UTI) até a alta hospitalar. Cada etapa tem sua própria demanda e envolve diferentes profissionais, por isso, a colaboração entre esses setores é essencial para garantir um cuidado abrangente e bem-sucedido.

    Investir em treinamento conjunto fortalece a equipe, aumenta a eficiência operacional e, o mais importante, garante o atendimento de alta qualidade promovendo saúde e o bem-estar dos pacientes.

    Foto: Workshop de ECMO – Coração & Perfusão – Simpósio de Atualização em Perfusão ALAP SP 2022

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    A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

    A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

    Quando nos referimos à circulação extracorpórea em pacientes de alto risco, estamos discutindo a utilização da técnica onde os pacientes apresentam condições médicas ou fatores de risco que tornam o procedimento cirúrgico mais desafiador.

    A Circulação Extracorpórea (CEC) é utilizada em cirurgias cardíacas, quando o coração precisa estar parado temporariamente e protegido, para que o cirurgião possa realizar intervenções como reparo de válvulas, revascularização coronariana, transplante cardíaco, entre outros.

    Pacientes de alto risco:

    ➡ Pacientes com insuficiência cardíaca grave que apresentam alto risco durante a manipulação do coração.

    ➡ Doenças cardiovasculares: pacientes com anatomia vascular complexa, lesões cardíacas ou condições congênitas.

    ➡ Idosos com condições clínicas associadas.

    ➡ Presença de doenças associadas, como diabetes, doença pulmonar crônica ou renal, podendo complicar o manejo perioperatório.

    ➡ Casos de reoperações.

    Para abordar a CEC em pacientes de alto risco, a equipe cirúrgica precisa considerar cuidadosamente a estratégia da CEC e as técnicas cirúrgicas específicas, minimizando complicações e otimizando os resultados. Isso pode envolver o uso de técnicas menos invasivas, estratégias de anticoagulação, monitoramento rigoroso e a colaboração interdisciplinar entre cardiologistas, cirurgiões, perfusionistas e anestesistas, com o objetivo de melhorar a segurança e eficácia do procedimento nesses pacientes específicos.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    1° Coração totalmente Artificial

    Implante de Coração Artificial em um paciente humano como parte de um teste aprovado pela agência reguladora FDA para testar a segurança e a viabilidade do órgão artificial

    Atualmente este dispositivo não está sendo desenvolvido como um substituto permanente, mas sim como um implante para manter os pacientes vivos enquanto eles esperam que um coração doador fique disponível.

    Segundo Alexis Shafii, o Diretor Cirúrgico de Transplante Cardíaco, “este dispositivo pode servir como uma ponte salvadora de vidas para um transplante de coração; estudos futuros podem provar seu potencial como uma bomba de longo prazo que pode efetivamente servir como uma substituição total para o coração de um paciente”.

    Sobre este coração artificial, “é uma bomba de sangue rotativa biventricular construída em titânio com uma única parte móvel que utiliza um rotor levitado magneticamente que bombeia o sangue e substitui ambos os ventrículos de um coração com insuficiência”. Incrível ver os avanços tecnológicos na área.

    Fonte: Bivacor e Baylor College of Medicine  /  CardioSurgery Post  https://www.instagram.com/cardiosurgerypost

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