Transplante Cardíaco – Cuidados e Particularidades

Como funciona cada etapa do Transplante Cardíaco?

O transplante cardíaco é um procedimento cirúrgico, que se tornou uma opção viável para pacientes com doenças cardíacas graves e irreversíveis. Ele envolve a substituição do coração doente do paciente, por um coração saudável de um doador compatível, oferecendo uma nova chance de vida para aqueles que não respondem a tratamentos convencionais.

O transplante é uma opção para pacientes que apresentam comprometimento significativo da qualidade de vida e risco de morte iminente. Embora seja uma cirurgia de alto risco, pode proporcionar uma nova chance de vida para pacientes selecionados e com acompanhamento adequado.

Pode afetar pessoas de todas as idades, mas a indicação para a cirurgia depende do estado de outros órgãos como cérebro, pulmão, fígado e rins, pois se eles estiverem comprometidos, o paciente poderá não se beneficiar do transplante.

A fila única de transplantes é regida pela Secretaria de Estado da Saúde, que leva em consideração a definição de priorização, tempo de espera, tipagem sanguínea e gravidade de cada caso.

Agora, vamos explorar as etapas mais importantes de um transplante cardíaco. Fique atento, pois cada fase é essencial para o SUCESSO da cirurgia.

O início do transplante cardíaco no Brasil

No Brasil, O doutor Euryclides de Jesus Zerbini foi o primeiro médico a realizar um transplante do coração, em 26 de Maio de 1968, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foi o quinto cirurgião do mundo e o primeiro da América Latina e do Brasil a realizar um transplante de coração.

Funcionamento do Coração

O coração é um órgão essencial no sistema cardiovascular, responsável por bombear o sangue e garantir que o oxigênio e nutrientes cheguem a todas as células. Quando ele não funciona adequadamente, devido a condições como insuficiência cardíaca avançada, sua função é prejudicada, tornando o transplante a única alternativa para a sobrevivência de muitos pacientes.

Transplante Cardíaco

É uma cirurgia em que um coração doente é substituído por um coração saudável de um doador compatível. Essa cirurgia representa um grande avanço da medicina, oferecendo uma nova chance de vida para pessoas que enfrentam doenças cardíacas graves.

Quando o transplante é indicado?

A indicação é realizada com base detalhada nas avaliações médicas, que levam em conta a gravidade da doença, a idade, o estado de saúde e a capacidade de recuperação do paciente.

– Insuficiência cardíaca avançada: pacientes com insuficiência cardíaca avançada, quando outras terapias não são suficientes;

– Cardiomiopatia dilatada: pacientes com cardiomiopatia dilatada avançada que não respondem a terapias medicamentosas ou outros tratamentos;

– Doença coronariana avançada: indicado em casos de doença coronariana avançada, quando não há mais possibilidade de realizar nenhum tipo de intervenção cirúrgica, como a cirurgia de revascularização do miocárdio;

– Cardiopatia congênita complexa: indicado em casos de cardiopatia congênita grave sem opções de tratamento possíveis. Essa condição é caracterizada por anormalidades na estrutura ou função do coração presentes desde o nascimento;

– Doença valvar cardíaca grave: indicado em casos de doença valvar avançada, como estenose ou insuficiência valvar, onde o paciente não responde mais ao tratamento medicamentoso ou procedimentos cirúrgicos.

O preparo e as etapas da cirurgia

O processo envolve várias etapas importantes:

– Avaliação médica onde o paciente passa por exames cardiológicos, exames de sangue, testes de função pulmonar e avaliação psicológica.

– Se o paciente for considerado apto para o transplante, é colocado na lista de espera por um doador compatível. O tempo de espera pode variar de dias a tempo mais prolongado, dependendo da disponibilidade de órgãos doadores.

– Durante o período de espera, os pacientes devem manter um estilo de vida saudável, seguir rigorosamente às orientações médicas, tomar medicamentos prescritos e evitar fatores de risco.

O transplante é um procedimento de complexo e demanda o acompanhamento de toda equipe multidisciplinar altamente capacitada. O sucesso do procedimento depende da seleção cuidadosa do paciente, da compatibilidade do doador e da colaboração durante todo o processo de recuperação.

Aqui estão as etapas do procedimento de transplante de coração:

1 – Preparação pré-operatória:

O paciente é avaliado para garantir as condições adequadas para a cirurgia. São realizados exames finais e ajustes nos medicamentos, incluindo a administração de imunossupressores para prevenir a rejeição do órgão após o transplante.

2 – Recebimento do órgão:

Quando um coração compatível é encontrado, o paciente é informado e preparado para a cirurgia. O coração do doador é transportado até o centro cirúrgico, respeitando as condições ideais de conservação.

3 – Tempo cirúrgico:

Durante a cirurgia, o coração doente é removido e o coração do doador é colocado no lugar.

– Cirurgia de remoção do coração doente

No dia da cirurgia, o paciente é anestesiado e conectado a uma máquina de circulação extracorpórea (coração-pulmão artificial) para manter o fluxo sanguíneo durante a cirurgia. O coração doente é removido, deixando intactos os grandes vasos sanguíneos e as câmaras superiores do coração.

– Implante do novo coração

O coração do doador é preparado, resfriado e transportado até o local do paciente. O novo coração é conectado aos grandes vasos sanguíneos e ao átrio do paciente, utilizando pontos cirúrgicos e técnicas de sutura avançadas.

– Restauração da circulação

Após o implante do novo coração, os vasos sanguíneos são reconectados, e o coração é posicionado adequadamente. A máquina de circulação extracorpórea (CEC) é gradualmente desligada, e o novo coração começa a bater por conta própria.

4 – Monitoramento pós-operatório imediato:

Após a cirurgia, o paciente é transferido para a UTI com monitoramento intensivo dos sinais vitais, função do coração, e possíveis complicações, como rejeição, infecção ou sangramentos.

5 – Recuperação e acompanhamento contínuo:

O paciente começa a recuperação no hospital. Durante todo período a equipe acompanha de perto a função do coração transplantado, ajustando medicações e realizando exames periódicos para garantir o bom funcionamento do órgão.

6 – Alta hospitalar e reabilitação:

Após a estabilização e recuperação inicial, o paciente é liberado para casa, com orientações sobre cuidados pós-operatórios. A reabilitação inclui acompanhamento médico, adesão a medicamentos imunossupressores e apoio psicológico para adaptação à nova realidade de vida.

Todas essas etapas garantem que o transplante seja realizado de forma segura e eficaz, com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Como é o pós-operatório da cirurgia?

O período pós-operatório é um estágio crítico na jornada do paciente, envolvendo:

– Monitoramento intensivo;

– Medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão transplantado e reduzir a resposta do sistema imunológico, minimizando risco de infecções;

– Reabilitação física e psicológica;

– Acompanhamento contínuo com o médico realizando exames e controlando as medicações.

Os maiores desafios

Mesmo com os avanços da medicina, os desafios persistem. A escassez de doadores compatíveis, a falta de informação sobre doação de órgãos, a complexidade dos procedimentos cirúrgicos e a necessidade de medicamentos imunossupressores de longo prazo são considerações que requerem constante atenção e pesquisa.

Apesar das limitações, o transplante de coração continua a oferecer melhorias significativas na qualidade de vida e na saúde dos pacientes.

Equipe Multidisciplinar

Uma equipe multidisciplinar desempenha um papel fundamental no acompanhamento do transplante cardíaco, garantindo que o processo seja seguro e eficaz. Composta por médicos, enfermeiros, perfusionistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde, a equipe atua em todas as fases do transplante, desde a avaliação inicial do paciente até o pós-operatório.

Cada membro contribui com sua expertise para monitorar o paciente; realizar o procedimento cirúrgico; ajustar tratamentos; oferecer suporte emocional e garantir a reabilitação física e psicológica. A colaboração entre esses profissionais é fundamental para melhorar as chances de sucesso do transplante e proporcionar uma recuperação mais completa e saudável para o paciente.

Saiba mais: https://www.drfernandofigueira.com.br/transplante-cardiaco

Referências

  • Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos – https://site.abto.org.br/transplante-de-coracao
  • Dr. Fernando Figueira – Cirurgião Cardiovascular – https://www.drfernandofigueira.com.br/
  • https://veja.abril.com.br/saude/ha-50-anos-acontecia-o-primeiro-transplante-de-coracao-do-brasil

Fonte: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

 

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Cuidados com o Coração: Principais Cardiopatias que Podem Afetar os Pets

As doenças cardíacas são uma preocupação crescente para os tutores de cães e gatos, já que diversas cardiopatias podem afetar a saúde dos pets, comprometendo o funcionamento do coração.

Embora cães e seres humanos sejam grandes amigos, eles apresentam diferenças marcantes em diversos aspectos, especialmente no que diz respeito à saúde. As doenças cardíacas são uma preocupação crescente tanto para cães quanto para gatos, já que várias cardiopatias podem afetar a saúde dos pets, comprometendo o funcionamento do coração.

O coração é o órgão responsável por bombear sangue para todo o corpo, garantindo que o oxigênio chegue às células e que substâncias tóxicas, como o gás carbônico, sejam eliminadas. Quando ocorrem doenças cardíacas, esse equilíbrio é comprometido, danificando o músculo cardíaco e as válvulas, impactando o funcionamento do coração.

As doenças cardiovasculares são cada vez mais comuns em animais de estimação. Entre as principais estão:

  • a doença mixomatosa valvar, que causa degeneração das válvulas cardíacas;
  • a cardiomiopatia dilatada, que aumenta as câmaras do coração e reduz sua capacidade de contração;
  • a cardiomiopatia hipertrófica, que resulta no aumento do músculo ventricular, dificultando o relaxamento e diminuindo o espaço para o acúmulo de sangue.

 

Tipos de Cardiopatias Comuns em Cães e Gatos

As principais cardiopatias que afetam cães e gatos podem variar dependendo da espécie e do porte. Nos cães de pequeno porte, a degeneração da válvula mitral é a mais comum, resultando em insuficiência cardíaca pelo refluxo de sangue na válvula. Nos cães de grande porte, destaca-se a cardiomiopatia dilatada, que causa o aumento das câmaras cardíacas e enfraquece as contrações do coração. Já nos gatos, a cardiopatia mais frequente é a cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada pelo espessamento do músculo cardíaco, dificultando o bombeamento eficiente do sangue. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida dos pets.

Alguns pets nascem com malformações cardíacas congênitas, que afetam a estrutura e a função do coração. Entre as mais comuns estão a persistência do ducto arterioso (PDA), uma falha no fechamento de um vaso sanguíneo após o nascimento, e a estenose pulmonar, que estreita a válvula pulmonar, dificultando o fluxo de sangue do coração para os pulmões.

 

O Impacto da Saúde Bucal nas Doenças Cardíacas dos Pets

Problemas dentários como acúmulo de tártaro, gengivite e periodontite podem levar à liberação de bactérias na corrente sanguínea, afetando o coração. Uma das complicações mais graves é a endocardite, uma infecção das válvulas cardíacas causada por essas bactérias, que pode comprometer seriamente o funcionamento do coração. Além disso, a má higiene bucal pode agravar cardiopatias preexistentes ou até desencadear disfunções valvares. A prevenção, por meio da escovação regular dos dentes e consultas veterinárias, é fundamental para proteger tanto a saúde bucal quanto o sistema cardiovascular dos pets.

 

Sinais de Alerta

Os principais sinais de alerta para cardiopatias em pets incluem tosse, dificuldade para respirar, perda de apetite, emagrecimento, cansaço, língua arroxeada, distensão abdominal e desmaios. O diagnóstico precoce ajuda a controlar a progressão da doença. Uma alimentação balanceada, junto com o tratamento adequado, pode contribuir significativamente para melhorar a qualidade de vida e a recuperação do animal.

 

Causas mais Comuns da Cardiopatia Canina

As causas mais comuns da cardiopatia canina incluem fatores genéticos, idade avançada, obesidade, sedentarismo e alimentação saudável. Raças específicas têm maior predisposição genética para doenças cardíacas, enquanto o envelhecimento natural do coração, associado ao excesso de peso e à falta de exercícios, sobrecarrega o órgão. Uma dieta desregulada também aumenta o risco de problemas cardíacos. Muitas vezes, esses fatores estão interligados, contribuindo conjuntamente para o desenvolvimento da cardiopatia.

     

    Avanços no Tratamento de Cardiopatias em Pets

    A medicina veterinária tem evoluído consideravelmente, permitindo diagnósticos precisos e tratamentos definitivos para muitas dessas condições. Atualmente, contamos com cardiologistas especializados, que utilizam tecnologia avançada de ecocardiografia, e cirurgiões capacitados para realizar correções por meio de cirurgias abertas e procedimentos mais complexos.

    Essas condições, quando diagnosticadas precocemente, podem ser tratadas com sucesso por meio de cirurgias ou procedimentos de cateterismo, proporcionando aos animais uma melhora significativa na qualidade de vida e aumento da sobrevida.

    A colaboração com profissionais da medicina humana também tem contribuído muito para o avanço dos procedimentos complexos, garantindo maior sobrevida e melhor qualidade de vida para nossos pacientes da quatro patas.

     

    Texto: Coração & Perfusão – Parceria: Dr. Igor Pelicano Ribeiro – Médico Veterinário / Cirurgia Torácica e Vascular

     

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    A Circulação Sanguínea do Paciente Durante uma Cirurgia Cardíaca

    Você já se perguntou como a circulação sanguínea do paciente é preservada durante uma cirurgia cardíaca?

    Quase todas as cirurgias cardiovasculares necessitam do auxílio de uma máquina conhecida como CEC, que significa Circulação Extracorpórea. Seu objetivo é substituir temporariamente as funções do coração e dos pulmões, mantendo o coração inoperante e protegido durante o procedimento. Essa máquina é muito utilizada em cirurgias de peito aberto, para que seja possível ao cirurgião ter uma melhor visualização do campo cirúrgico e trabalhar com mais segurança.

    Além das melhores condições de visualização do coração no momento da cirurgia, informações básicas e atualizadas do paciente, como peso, altura, exames laboratoriais e de imagens, diagnóstico e procedimento proposto são de extrema importância para o sucesso da intervenção., Por meio de dados precisos sobre o paciente, é possível calcular a superfície corpórea, o fluxo adequado, os materiais descartáveis que serão utilizados na CEC, o perfusato mais indicado para o caso, entre outras definições importantes.

    O que é Perfusato?

    O perfusato é o fluido utilizado na circulação extracorpórea (CEC) para garantir que o corpo continue recebendo oxigênio e nutrientes enquanto o sangue circula fora do corpo. Preparado pelo perfusionista antes do início da cirurgia, ele preenche o circuito da máquina de CEC, assegurando que todos os componentes estejam prontos para manter o equilíbrio dos órgãos durante a pausa temporária do coração e dos pulmões. O perfusato é composto por soluções balanceadas que ajudam a estabilizar os eletrólitos, a pressão arterial e o funcionamento adequado dos órgãos ao longo do procedimento.”

    E qual a diferença entre “priming” e “perfusato” na circulação extracorpórea?

    A diferença entre eles, está no uso e contexto dentro da circulação extracorpórea:

    Priming – É o ato de preparar o circuito da máquina de circulação extracorpórea antes do procedimento cirúrgico. Isso envolve a adição de um fluido (geralmente soluções como Ringer lactato ou outros líquidos balanceados) ao circuito para eliminar o ar dos tubos e garantir que o sistema esteja pronto para receber o sangue do paciente. O priming é essencial para preparar o circuito da CEC, garantindo que ele funcione corretamente sem a presença de bolhas de ar, que poderiam ser perigosas ao paciente.

    Perfusato – Refere-se ao fluido que circula no circuito da CEC junto com o sangue do paciente durante a cirurgia. O perfusato pode ser parte do priming inicial e, ao longo da cirurgia, pode ser enriquecido com drogas, eletrólitos e outros componentes necessários para manter o equilíbrio metabólico e fisiológico do paciente.

    Resumindo: priming é o processo de preparo do circuito com fluido, enquanto perfusato é o fluido que circula durante a cirurgia para manter a estabilidade do organismo.

    Quais cirurgias cardíacas necessitam do uso da CEC?

    A circulação extracorpórea é essencial em diversas cirurgias cardíacas, como:

    • Revascularização do miocárdio (“ponte de safena”)
    • Transplante cardíaco ou pulmonar
    • Substituição valvar
    • Cirurgias de aorta
    • Cirurgias pediátricas para correção de cardiopatias congênitas

    Além dessas, a CEC também pode ser utilizada na cirurgia de citorredução com HIPEC, indicada para o tratamento curativo de alguns tipos de tumores que se disseminam pelo peritônio, na cavidade abdominal (câncer peritoneal).

    Qual profissional é responsável pelo controle da máquina de circulação extracorpórea durante o procedimento cirúrgico?

    O Perfusionista é o profissional habilitado para conduzir a máquina de CEC, responsável pela manutenção das funções cardiorrespiratórias, equilíbrio bioquímico, hematológico e hidroeletrolítico do paciente durante o procedimento cirúrgico. Este profissional deve reunir qualidades como agilidade, atenção, compromisso, ética e muita precisão.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    Conheça sua Essência

    O ÚNICO responsável pelo SUCESSO na carreira é VOCÊ mesmo!

    Investir em autoconhecimento é libertador e necessário, pois é uma forma de entender a si mesmo em todos os sentidos. Permite que descubra suas qualidades, suas capacidades, além dos pontos que precisam ser melhorados. Além disso, aprendemos a lidar com diversas situações e a encontrar novas oportunidades para nos desenvolvermos.

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    Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea (CEC)

    Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea ( CEC)

    O circuito de Circulação Extracorpórea (CEC) envolve máquinas, aparelhos e materiais descartáveis, mantendo a vida do paciente durante a cirurgia cardíaca. Vamos explorar alguns componentes essenciais que colaboram para que tudo isso aconteça.

    Cânulas – utilizadas para conectar o paciente ao circuito de CEC, direcionando o sangue para o reservatório venoso. Antes da CEC, o cirurgião insere cânulas venosas (Veia Cava Superior, Veia Cava Inferior ou Átrio Direito) e uma cânula arterial (Aorta). O sangue é desviado para a máquina antes de alcançar o Átrio Direito, retornando ao paciente pela Aorta e perfundindo todo corpo.

    Conjunto de Tubos – composto por tubos, conectores e acessórios. Esses componentes são fundamentais para conectar as estruturas do circuito ao paciente, sendo diretamente acoplados às cânulas. Realizam um papel fundamental no transporte de solução fisiológica, sangue, água e gases durante todo o procedimento.

    Reservatório Venoso – estrutura que acomoda todo o sangue proveniente do campo cirúrgico, que vem pelos aspiradores e pela linha venosa do paciente. Após essa fase, o sangue é impulsionado por uma bomba propulsora (podendo ser uma bomba centrífuga ou de rolete) em direção ao Oxigenador de Membrana. Este componente chamado de “pulmão artificial” é essencial no circuito, pois facilita as trocas gasosas, oxigena o sangue e elimina o dióxido de carbono.

    Filtro Arterial – atua como uma última barreira antes do retorno do sangue ao paciente, reduzindo o risco de embolia.

    Permutador de Calor está integrado ao Oxigenador de Membrana e tem a função aquecer e resfriar o sangue do paciente durante a cirurgia.

    Hemoconcentrador – capaz de eliminar água, eletrólitos e pequenas substâncias do sangue. Funciona como um rim artificial, removendo o excesso de líquidos administrados durante a cirurgia.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    A Importância dos Treinamentos na Equipe Multidisciplinar

    Em um campo tão complexo como a cardiologia, a colaboração entre profissionais de saúde é vital!

    Os treinamentos em equipe multiplicam os conhecimentos e habilidades de perfusionistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e demais especialistas, proporcionando maior segurança para o paciente. A troca de experiências e a coordenação entre membros da equipe, melhoram o diagnóstico e tratamento melhorando assim o padrão de atendimento.

    Eles oferecem oportunidades para aprimorar habilidades técnicas e não técnicas do profissional, atualizar conhecimentos sobre novos materiais e práticas clínicas e promover uma comunicação eficiente entre os membros da equipe.

    Comunicação – O paciente é sempre o foco central de todo o processo, desde o pré-operatório, passando pelo centro cirúrgico, pós-operatório (UTI) até a alta hospitalar. Cada etapa tem sua própria demanda e envolve diferentes profissionais, por isso, a colaboração entre esses setores é essencial para garantir um cuidado abrangente e bem-sucedido.

    Investir em treinamento conjunto fortalece a equipe, aumenta a eficiência operacional e, o mais importante, garante o atendimento de alta qualidade promovendo saúde e o bem-estar dos pacientes.

    Foto: Workshop de ECMO – Coração & Perfusão – Simpósio de Atualização em Perfusão ALAP SP 2022

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    A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

    A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

    Quando nos referimos à circulação extracorpórea em pacientes de alto risco, estamos discutindo a utilização da técnica onde os pacientes apresentam condições médicas ou fatores de risco que tornam o procedimento cirúrgico mais desafiador.

    A Circulação Extracorpórea (CEC) é utilizada em cirurgias cardíacas, quando o coração precisa estar parado temporariamente e protegido, para que o cirurgião possa realizar intervenções como reparo de válvulas, revascularização coronariana, transplante cardíaco, entre outros.

    Pacientes de alto risco:

    ➡ Pacientes com insuficiência cardíaca grave que apresentam alto risco durante a manipulação do coração.

    ➡ Doenças cardiovasculares: pacientes com anatomia vascular complexa, lesões cardíacas ou condições congênitas.

    ➡ Idosos com condições clínicas associadas.

    ➡ Presença de doenças associadas, como diabetes, doença pulmonar crônica ou renal, podendo complicar o manejo perioperatório.

    ➡ Casos de reoperações.

    Para abordar a CEC em pacientes de alto risco, a equipe cirúrgica precisa considerar cuidadosamente a estratégia da CEC e as técnicas cirúrgicas específicas, minimizando complicações e otimizando os resultados. Isso pode envolver o uso de técnicas menos invasivas, estratégias de anticoagulação, monitoramento rigoroso e a colaboração interdisciplinar entre cardiologistas, cirurgiões, perfusionistas e anestesistas, com o objetivo de melhorar a segurança e eficácia do procedimento nesses pacientes específicos.

    Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

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    1° Coração totalmente Artificial

    Implante de Coração Artificial em um paciente humano como parte de um teste aprovado pela agência reguladora FDA para testar a segurança e a viabilidade do órgão artificial

    Atualmente este dispositivo não está sendo desenvolvido como um substituto permanente, mas sim como um implante para manter os pacientes vivos enquanto eles esperam que um coração doador fique disponível.

    Segundo Alexis Shafii, o Diretor Cirúrgico de Transplante Cardíaco, “este dispositivo pode servir como uma ponte salvadora de vidas para um transplante de coração; estudos futuros podem provar seu potencial como uma bomba de longo prazo que pode efetivamente servir como uma substituição total para o coração de um paciente”.

    Sobre este coração artificial, “é uma bomba de sangue rotativa biventricular construída em titânio com uma única parte móvel que utiliza um rotor levitado magneticamente que bombeia o sangue e substitui ambos os ventrículos de um coração com insuficiência”. Incrível ver os avanços tecnológicos na área.

    Fonte: Bivacor e Baylor College of Medicine  /  CardioSurgery Post  https://www.instagram.com/cardiosurgerypost

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